sábado, 15 de outubro de 2011

Saudade

Enquanto estais à beira mar, enfrento o caos da metrópole.
Enquanto sentes o vento arenoso e úmido, me falta água no ar.
Enquanto colocas as mãos na massa, dedilho louca pelo teclado em busca de novas palavras;
Enquanto atendes pedidos olho no olho, quem me escuta é apenas uma voz ao fone.

Mas é à noite que nosso dia se encontra.
Enquanto descansas, nada plena, sozinha em tua cama.
Procuro os resquícios do traçado do teu corpo na minha.
Enquanto passas o frio dos solitários.
Tento, em vão, me aquecer colada ao travesseiro, que ainda exala teu perfume.